17 fevereiro, 2012

Vale diz que Minério de qualidade está no Pará

A direção da Vale confirmou ontem, em seu relatório de produção referente ao exercício de 2011, distribuído à imprensa de todo o Brasil, que a mina em operação em Carajás, no sul do Pará, é hoje sua principal fonte de qualidade na área de minério de ferro, enquanto o Sistema Sudeste, em Minas Gerais, continua sendo o líder em termos de volume. No ano passado, Carajás produziu 109,8 milhões de toneladas, um novo recorde (contra 120,1 milhões do Sistema Sudeste). Com esse volume, 8,5% maior que o de 2010, a participação de Carajás na produção total da Vale em minério de ferro subiu para 34%. Em 2010, essa participação era de 30,2%.

O minério de ferro, aliás, continua influenciando fortemente os resultados da Vale, cujo desempenho operacional se manteve em curva ascendente no ano passado. Para isso, a mineradora teve que superar desafios decorrentes da crise econômica internacional, de condições climáticas desfavoráveis no Brasil e na Austrália e de um desastre natural na Indonésia, além de problemas operacionais. Mesmo enfrentando essas condições adversas, a Vale alcançou três recordes anuais de produção, sendo um deles exatamente com minério de ferro (322,6 milhões de toneladas). Os outros foram pelotas (51,8 milhões) e carvão (7,3 milhões).

NOVOS PROJETOS

Dois novos projetos, ambos já em fase de implantação, deverão aumentar a capacidade de produção de minério de ferro da Vale, na região de Carajás, em quase 50 milhões de toneladas por ano. A expansão do complexo mineral de Parauapebas, já em operação desde 1984, vai ampliar o volume de produção em cerca de 40 milhões. A Vale já obteve a licença de instalação, para construção de usina de processamento a seco, e está executando no momento os serviços de terraplenagem para instalar a correia transportadora, ao mesmo tempo em que dá continuidade aos trabalhos de engenharia. O investimento total desse projeto é calculado em US$ 2,968 bilhões, dos quais US$ 1,5 bilhão já executados.

O novo empreendimento em Parauapebas tem sua entrada em operação prevista para o segundo semestre do ano que vem. Antes disso, ainda no primeiro semestre, conforme prevê o cronograma aprovado pela mineradora, entrará em funcionamento uma nova mina – a de Serra Leste, em Curionópolis. A implantação da nova usina de processamento e das instalações industriais, com capacidade nominal estimada de 6 milhões de toneladas, vai absorver investimentos de US$ 478 milhões. Os serviços de engenharia civil para a planta e escavações estão em andamento, com 26% de avanço físico, e as licenças de instalação estão sendo aguardadas para o primeiro semestre deste ano.

Mas o grande empreendimento de minério de ferro, com entrada em operação prevista para o segundo semestre de 2016, está sendo implantado no município de Canaã dos Carajás. O projeto S11D, que consiste em desenvolvimento de mina e usina de processamento, vai mobilizar investimentos superiores a US$ 8 bilhões. Sua licença prévia é esperada para este primeiro semestre e a licença de instalação, para o primeiro semestre do ano que vem. As obras físicas já registram avanço de 25%, com investimentos executados de US$ 1,1 bilhão.
Pará recebeu US$ 7,2 bilhões em investimentos

A Vale S.A. informou ontem, através de release distribuído à imprensa pela sua assessoria, que os investimentos realizados pela mineradora no Pará alcançaram, em 2011, cifra superior a US$ 7,2 bilhões. Somente no quarto trimestre foram investidos mais de US$ 2 bilhões, um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2010. Em projetos e ações socioambientais, os investimentos da Vale no Pará atingiram US$ 223 milhões em 2011. Comparado esse valor ao de 2010 (US$ 189,6 milhões), houve um aumento de 18%.

Os novos investimentos e a consolidação de projetos já implantados contribuíram também para a expansão do mercado formal de trabalho e a elevação do nível de emprego no Estado. Segundo revelou sua assessoria, a Vale fechou o quarto trimestre de 2011 com 18.392 empregados, entre próprios e terceiros permanentes. Além disso, projetos em implantação no Estado mantêm mais de 9 mil empregos em canteiros de obras instalados em território paraense.

MANGANÊS
Além do minério de ferro, que vem assegurando ao Pará participação crescente nos resultados da Vale e ampliando o leque de investimentos futuros na indústria de mineração, outros minérios influenciam para uma contribuição cada vez maior da mineradora à economia paraense. A produção de minério de manganês, por exemplo, aumentou 38,9% no ano passado em relação a 2010. Foi o melhor desempenho anual da mina do Azul, em Carajás, desde 2005, com um volume de 1,841 milhão de toneladas.

Na área de cobre, a mina do Sossego, operada pela Vale em Canaã dos Carajás, produziu no ano passado 109 mil toneladas, uma queda de -6,9% em relação ao ano anterior. Considerando, porém, os seus vários empreendimentos de cobre fora do Brasil, a Vale registrou acréscimo de 45,7% no total produzido em 2011. Foram 302 mil toneladas, contra 207 mil no ano anterior. A produção de cobre no Pará vai dar um salto a partir deste ano, com a entrada em operação, prevista para o próximo mês de abril, da mina do Salobo, no município de Marabá. A mina terá capacidade de produção estimada de 100 mil toneladas de cobre concentrado, na etapa inicial, e será duplicada na segunda etapa, a partir do segundo semestre do ano que vem.
(Diário do Pará)

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