02 dezembro, 2011

Artigo: Divisão do Pará é ameaça a Unidades de Conservação


Em 11 de dezembro será realizado um plebiscito com toda a população do estado do Pará, que decidirá sobre a divisão ou não do estado em três – além de Pará, Tapajós e Carajás. Se aprovada a divisão, três novas frentes por autonomia econômica se abrem e essa corrida em nome do desenvolvimento, na geografia que se desenharia, desponta como uma séria ameaça à integridade de áreas protegidas e da biodiversidade da região.
O Pará é o segundo estado do Brasil em extensão territorial e mais de 74 milhões de hectares, cerca de 60% do total de 1.247.689,515 km²  são áreas protegidas entre Unidades de Conservação (UCs) de proteção integral (não podem ser habitadas pelo homem) e de uso sustentável (permite o uso sustentável da área por moradores locais). Esses números o tornam, apesar do avanço do desmatamento, o estado com a maior extensão de UCs da Amazônia brasileira. Alterar isso pode ser preocupante.


Além dos rearranjos geográficos, outro alerta a ser considerado é a autonomia quanto à legislação de cada estado no que se refere às UCs estaduais que, sozinhas, ocupam 10,71% do atual Pará. Se dividido em três, estas unidades ficarão à mercê dos novos legisladores.
A preocupação de diminuição ou mesmo dissolução de UCs não é mera especulação, afirma o advogado Girolamo Treccani, ex-assessor chefe do Instituto de Terras do Pará (Iterpa). “À luz da legislação, todas as Ucs poderiam sofrer modificações desde que projetos de leis, estaduais ou federais, sejam apresentados e aprovados pelas respectivas instâncias”.
Para muito além da esfera legal, existe o modelo de desenvolvimento que historicamente vem sendo implementado na região e nessa análise, alerta Treccani, ameaças às UCs podem se intensificar devido à necessidade dos novos estados em ampliar suas fronteiras agrícolas e de ocupação. A APA Triunfo do Xingu, por exemplo, ficaria divida entre Tapajós e Carajás. Sem grandes proteções legais e com o avanço do desmatamento, seria um dos primeiros alvos dos novos estados.


O alerta vermelho se daria, ainda, sobre duas florestas estaduais, as Flotas Faro e Trombetas. “Essas duas áreas estão próximas às terras do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) destinadas à agricultura e, por suas características geofísicas, são propicias ao agronegócio. O Tapajós poderia alegar falta de terras para seu desenvolvimento”, prevê Treccani.


Fonte: O Eco

2 comentários:

  1. DEIXA EU PERGUNTAR UMA COISA?
    ESTE SITE É A FAVOR DO ESTADO DO CARAJÁS OU CONTRA.
    O QUE VEJO AQUI É SÓ NOTICIAS CONTRA A EMANCIPAÇÃO DO CARAJÁS.
    TÁ MAIS PARECENDO O SITE DE ZENALDO COUTINHO.
    FAÇA-ME UM FAVOR.....

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  2. ORGULHO BESTA NÃO ENCHE BARRIGA, É PRECISO ACABAR COM A MISÉRIA DO PARÁ

    Pelo menos para alguma coisa serviu o passeio da equipe da Rede Globo pelo Pará: para mostrar ao Brasil, em palco tão reluzente, e aos próprios paraenses, o que todos vemos todos os dias, isto é, quadros de aguda e vergonhosa miséria que infelicita este Estado em todos os seus quadrantes.

    Miséria encontra-se pelo País todo, mas não na intensidade e na extensão com que se verifica, por exemplo, em Belém. Não existe no Brasil uma cidade deste porte com tamanha exposição de feridas sociais tão desumanas. Metade da população desta cidade vive nas famosas Baixadas, como aqui chamamos as favelas. Milhares de famílias vivem literalmente dentro da lama, na borda dos igarapés imundos, nos ambientes mais infectos imagináveis.
    Situações semelhantes, obviamente em ponto menor, observa-se em Marabá, Santarém, Ananindeua, Castanhal, em Breves e em todo o paupérrimo Marajó, assim como em todo o vasto interior. Parece que pouco mudou nesta parte da Amazônia depois de 1835, quando os Cabanos viviam tão explorados e excluídos que, em certo tempo, quando morriam, seus corpos eram jogados aos urubus. Só eram dadas sepulturas aos brancos.
    Por que será que, numa região tão rica em bens naturais, a maioria dos seus habitantes amarga uma miséria tão desgraçada assim?
    Pois é esse panorama de tristeza e de revolta que está subjazendo à campanha do plebiscito do próximo dia 11 de dezembro. No começo da campanha, os do Não diziam que Carajás era rico e que o Tapajós era pobre. Os de lá diziam que Belém concentrava a maior parte da riqueza do tesouro estadual, o que é verdade, mas não toda.
    Nesta última semana Sins e Nãos parecem ter caído na real e passaram a eleger a miséria como cabo eleitoral comum,
    VAMOS DEIXAR O ORGULHO DE LADO, É PRECISO TER VERGONHA DESSA MISÉRIA. DIGA SIM AO DESENVOLVIMENTO DO NOVO PARÁ
    77 e 77

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