01 – A Exploração Predatória da Região: Desde a primeira bandeira que perlustrou o coração do Brasil, sob o comando de Domingos Luiz Grou e Antonio de Macedo, já em 1590, quando naquela época descobriram as jazidas da Serra dos Carajás, estes levaram tanto ouro que pagaram todas as despesas da bandeira e ainda ficaram muito ricos. Tendo naquele tempo iniciado a exploração incontrolável e insaciável à todas as nossas riquezas naturais, e que perdura até os dias de hoje.
02 – A Imensidão Territorial: Com o processo de divisão territorial e administrativa do Brasil, desde o Tratado de Tordesilhas em 1492, passando pelas Capitanias Hereditárias, as Províncias, até a situação de hoje, as regiões brasileiras, conforme suas peculiaridades foram ajustando suas divisões de forma a atender melhor o povo de cada uma delas. O Pará insistiu em se manter a Imensidão Territorial, um sertão sem dono – terra de ninguém, e apenas sendo o Sul e Sudeste deste, constantemente saqueados. Mesmo sendo detentora das mais ricas e completas reservas naturais do planeta, e ainda água, clima e terra boa, pela questão das distâncias, esta região do futuro Estado de Carajás, se mantinha pouco atraente, não acompanhando o desenvolvimento do restante do Brasil.
03 – A Ausência do Estado: Com sua capital Belém, no extremo norte do território, historicamente os governantes tendo esta região do Sul e Sudeste apenas como um almoxarifado do Estado, não se preocuparam eles com os investimentos nesta localidade e nem em condicionar o desenvolvimento. Até 1.980, tínhamos apenas seis municípios ( Marabá, Conceição do Araguaia, Itupiranga, São João do Araguaia, São Félix do Xingu e Tucuruí ) vivendo no anacronismo do século passado. Impulsionados apartir de meados da década de setenta, com a propagação, incentivos e grandes projetos do Governo militar com o objetivo de integrar para não entregar, este pedaço de chão brasileiro recebeu uma leva de emigrantes vindos principalmente do Nordeste e do Centro Sul da nossa Pátria, que com muito sacrifício e esforço próprio desbravou e vem construindo o desenvolvimento local. O Governo paraense tem estado muito ausente, talvez não por vontade, mas principalmente pela incapacidade imposta pela falta de representatividade política e falta de recursos devido a imensidão territorial. Hoje somos 39 municípios integrados, e com uma cultura própria e bem diferenciada do restante do Estado do Pará.
Por estas razões temos que dividir para somar, e assim toda a Região, o Pará e o Brasil serão beneficiados...
José Soares - Presidente da Comissão Brandão
Nenhum comentário:
Postar um comentário