06 maio, 2011

Carajaense defende a criação do Estado de Carajás


Marcelo Parcerim
Fonte: zedudu.com.br
Penso que os Paraenses que não conhecem nossa região tem todo o direito de não querer e não defender a criação do estado do Carajás.
E, para ser muito sincero, concordo com a criação desse novo estado, apesar de ser cearense.
Penso que não é apenas o histórico abandono da nossa região que está por trás do desejo de independência de boa parte da população do Sul e Sudeste do Pará.
O abandono, é claro, ajuda.
Mas, bem vistas as coisas, há muito tempo que o Sul e Sudeste do Pará já é, na prática, outro estado, com uma cultura formada por cidadãos de vários pontos do Brasil – e que é muito, muito diferente da cultura paraense.
Na minha opinião, não dá para nos obrigar a continuar paraenses, se, passados tantos anos, não conseguimos , simplesmente, “se ver” como paraenses.
Formos nós , afinal, que desbravamos esta região e construímos, com muito suor e contra todas as dificuldades, a pujança econômica do Sul e sudeste do Pará.
Esta região pertence, em verdade, a todos esses admiráveis pioneiros.
E não dá para transferir para nós ônus dessa incompetência – a incompetência que nos fez perder, para o vizinho estado do Maranhão, a luta por uma infra-estrutura que nos permitisse participar, também, da exploração das enormes riquezas do estado de Carajás.
Nossos governos – petistas, tucanos, peemedebistas – se perderam em quizílias, Preferiram, apenas, incensar o próprio umbigo, em vez de ser preparar, de verdade, para o futuro.
E agora, com Inês já até em decomposição, de nada adianta o chororô.
O plebiscito agora é fato, que possamos estar juntos na defesa da Amazônia e no combate às desigualdades regionais.
E que nós, os futuros Carajaenses, possamos colher, no futuro, o resultado dessa grande batalha.

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