12 outubro, 2011

CÂMARA MUNICIPAL DE PARAUAPEBAS – TEMPOS DE CANGAÇO

Uma manifestação programada por estudantes para acontecer na Câmara de Vereadores em favor da implantação do campus da Universidade Federal em Parauapebas ontem, dia 11, transformou-se em confusão generalizada. Com as escolas estaduais em greve há quase um mês e com os alunos de várias escolas municipais sem aula por falta de água e de energia elétrica nos prédios onde funcionam, os estudantes não conseguiram mobilizar uma grande massa: o grupo que compareceu não passava de cinquenta componentes. Na convocação os organizadores chamavam para um ato pela implantação da UNIFESSPA e em defesa do direito de todos a uma Educação séria e de qualidade, já que segundo manifestantes, a situação da Educação é de descalabro na cidade.

A LEI DO MAIS FORTE
De início o vereador Euzébio, presidente da Câmara, que se elegeu com um discurso em favor da Educação (e muito dinheiro do INCRA, arrecadado com a liberação do desmatamento para quem contribuísse com sua campanha) impediu a entrada dos alunos para assistir à sessão. Depois de muitos embates do lado de fora o grupo conseguiu acesso ao recinto, mas sob severas ameaças, que partiram principalmente do líder do governo, Odilon Sansão, que inclusive ameaçou demitir aqueles que fazem parte do quadro de funcionários da prefeitura –alguns deles concursados -, ali presentes.
O RESUMO, A TRUCULÊNCIA
Com a tentativa de impedir a manifestação o início da sessão foi retardado e depois aconteceram diversas interrupções, com muitas vaias quando algum orador tentava sair em defesa do prefeito. O resumo dos discursos do presidente da Casa e do líder do governo pode ser o seguinte: “Estudante tem é que ficar de boca fechada e Parauapebas não precisa de escolas, Parauapebas precisa é de polícia, e eu sou amigo da polícia. E estou chamando agora a polícia para dar um pau em todos vocês. Eu demito, eu prendo, eu bato e arrebento.” Esse discurso era repetido por um bate-pau que se postou diante dos manifestantes, e que chegava a dar com o dedo em riste no nariz dos que estavam na linha de frente.

É A TREVA, É O CANGAÇO!
Não é preciso dizer que os estudantes ficaram indignados, assim como boa parte da população. E é necessário esclarecer também que a manifestação, em momento algum ameaçou a integridade das pessoas ou ameaçou a segurança do local e que por ser absolutamente pacífica é que causou estranheza a reação tão desproporcional do presidente da Casa e do vereador Odilon. Registre-se ainda que Odilon ameaça ser candidato a prefeito nas próximas eleições, com apoio de Darci Lermen, muito embora se comente na cidade que para felicidade geral, ele não é candidato a prefeito de Parauapebas, mas da Vila Cansanção, que faz parte do município.

Fonte: amarteladapa.com.br

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