14 junho, 2011

Economista vê vantagens na Criação do Estado de Carajás

Há 28 anos, em janeiro de 1983, o economista Juarez Bezerra Regis de Souza,estudioso paraense do processo de desenvolvimento da região amazônica,publicou em O Liberal um artigo sobre a divisão territorial do Pará.No texto, o autor nascido em Belém,defendia que a criação de Estados menores tornaria mais eficazes as políticas locais de desenvolvimento.
Regis de Souza defendeu seu ponto de vista em texto enviado ao e-mail presidente.contracorupcao@orm.com.br, o canal criado pelo presidente executivo das Organizações Romulo Maiorana(ORM), Romulo Maiorana Junior, para receber denúcias de corrupção, favorecimento e mau uso da máquina pública.


No novo texto, Regis de Souza defende que é preciso dar pluralidade á discussão sobre os projetos de criação dos estados de Carajás e do Tapajós e, ainda analisar os argumentos contrae a favor da divisãodo Pará  sem que pesem "paixões" e argumentos "comprometidos a interesses pessoais". "A vontade de emancipação não é um simples capricho de santarenos e marabaenses, mas surge da percepção de cientistas e estudiosos, alguns da Amazônia e outros do cenário nacional", pontua Regis de Souza, que cita argumentos do economista manauara Samuel Benchimol (1924-2002) e do cientista político e general paulista Carlos de Meira Mattos(1913-2007). "Hoje em dia fala-se muito e especula-se demais sobre o Estado do Pará que, logo de saída, ficaria mais pobre,com todo mundo condenando, triste, destruíndo de esperanças e fé!Penso que há certo exagero nesse modo de pensar e também de calcular,e até certo ponto não deixa de ser pura indução de certas autoridades que estão, confortavelmente, no bem-bom das circunstâncias de hoje."


MODELO
Regis de Souza propõe a discurssão de um modelo de "cenários exploratórios" que leve em conta as atividades adequadas ou mais adaptadas para cada região e ainda uma distribuição menos desigual dos recursos financeiros. Só quem não consegue enxergar um plano á frente do nariz ou tem outros interesses  escusos não vê que as perspectivas que se abrem para a economia regional são infinitamente maiores do que serão criadas, por certo, a altos custos", afirma." O Custo de tudo issso será diluído entre o que os estados produzirão e arecadarão e entre o governo federal,que tem o dever de apostar na Amazônia,através de ideias factíveis de serem realizadas(..). Portanto, os altos custos iniciais não nos devem amedrontar, até porque haverá mais força politíca para a Amazônia em busca de recursos", opina o economista.


"Muitos dos q ue habitam mansões, hoje moram em pequenos apartamentos, em casas menores porque sabem que o custo de manutenção é menor e a defesa contra violência é melhor. Essa matemática é a mais simples de se fazer e de se entender", completa.
Regis de Souza sustenta que a divisão do território do Pará para a formação de dois novos estados impulsionará uma descentralização industrial e, como consequência, uma melhor distribuição do emprego e da renda. Ele afirma, ainda, que outros países alcançaram melhores índices de desenvolvimento reduzindo o tamanho de suas unidades administrativa;
"Hoje os Estados Unidos, posuindo um território pouco maior que o do Brasil, ou menor, se subtraímos o Alasca, têm um território bem dividido em cerca de 50 estados (são  exatamente 50 estados  e um distrito federal). Pergunto: se fosse coisa ruim, os americanos fariam isso?" Por fim, Regis de Souza argumenta que a diminuição geográfica dos territórios permitem que" a população vigie de perto seus políticos" e cobre mais resultados.


FONTE: JORNAL O LIBERAL

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