10 dezembro, 2011

Evangélicos e católicos apoiam a divisão do Pará e se unem para criação do novo Estado de Carajás


Os líderes cristãos da região Sul e Sudeste do estado do Pará se uniram para incentivar os fiéis a votarem a favor da criação do estado dos Carajás. A motivação vem pelo horizonte que tanto católicos quanto evangélicos enxergam: desenvolvimento econômico e social, com a possibilidade de um governo mais próximo.
Bispos, padres e pastores estão usando seus sermões durante missas e cultos, além de gravarem depoimentos para a campanha do “Sim” no plebiscito que definirá se o Pará será dividido ou não.
A Igreja Católica não divulgou um parecer oficial sobre o assunto, mas liberou seus padres e bispos para orientarem os fiéis como entendessem melhor. Dom José Foralosso, Bispo da diocese de Marabá, é responsável por cerca de 700 mil fiéis que frequentam as 27 paróquias localizadas nas 17 cidades da região onde seria fundado o novo estado. Ele fala abertamente que votará a favor da divisão: “É um evento de importância notável para o Pará. Aqui, a presença do Estado está ausente. Pelo tamanho do Estado, pelas distâncias. Não sentimos uma solução dos problemas”, defende o bispo.
Foralosso entende que apesar de expor seu pensamento sobre as propostas, não houve politicagem. “Ultimamente, no final das celebrações sempre pedi um minutinho, também para dar satisfação a muitas pessoas, expus o meu pensamento para o povo. Não estava ali para fazer politicagem. Campanha, eu não fiz. Mas acho que deveria colaborar para o melhor para o povo”, afirmou.
A Igreja Assembleia de Deus de Marabá, através do Pastor Sales Batista, orientou aos 112 pastores de seu ministério que eles pregassem nos cultos sobre as vantagens da divisão, e estimulassem os fieis a votarem “Sim” no plebiscito. Foram feitos eventos em praças e ginásios, todos com média de público superior a 20 mil pessoas.“Nós falamos de Deus (nestes eventos) e aproveitamos também para falar dos problemas da região, falta de médicos, estradas. Falamos de saúde, educação. Nós precisamos ter um governo mais próximo”, explicou Batista à reportagem do Último Segundo, do portal IG.
“Nós dependemos em tudo da capital. Então, nós defendemos a ideia da separação pela dificuldade de acesso à saúde, à educação. É um divórcio para os dois serem abençoados. Deus odeia o divórcio, mas Deus também não quer ver as pessoas infelizes. Se é pra viver infeliz, então que se haja o divórcio”, prega o Pastor Sales Batista.

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